A Banda
No ano da graça de mil novecentos e troca o passo, cinco rapazinhos entre os seus 16 e 20 anos, decidiram que queriam formar uma banda. O primeiro ensaio ocorreu no mês de Maio desse mesmo ano e, à falta de material, realizou-se sem microfone nem bateria mas havia voz e um djambé. Quanto à secção de cordas eram três guitarras acústicas. Tintin voz, Isidro guitarra, André guitarra, Ricardo baixo, Renato bateria. Eram estes os elementos constituintes e suas respectivas funções. O nome nunca foi muito certo mas começou por Blend e terminou em Light Emitting Grief ou os famosos L.E.G.
Após a criação de dois ou três temas neste formato, decidiram começar a ensaiar, de quando em quando, num estúdio (com material a sério). Outras músicas foram surgindo com o progresso da banda tendo-se tornado em verdadeiros êxitos ou até mesmo fenómenos musicais entre a banda – e também entre alguns amigos e familiares, fervorosos apoiantes da causa. Com o “boom” da divulgação, entre dez ou vinte pessoas, o público exigiu concertos, espectáculos. Mas esta era uma banda especial e mítica, e portanto, pouco adepta das luzes e câmaras da ribalta. Nasceu então o culto do concerto anual nas Caldas da Rainha (na abertura do ano lectivo da ESTGAD). Eram festas e romarias, excursões vindas de todos os pontos do país carregadas de garrafões de vinho e barris de cerveja. Após dois anos, dois espectáculos, foi decidido terminar com este culto. Momentos difíceis assombravam um promissor futuro, a distância, o trabalho obrigaram ao afastamento de dois membros. Seguiram-se tempos de inactividade e tristeza para os fãs (cerca de cinco ou seis) que de tempos a tempos questionavam “que é dos LEG?”. O vazio do silêncio apoderou-se das almas destes jovens que sentiam ter passado ao lado de uma brilhante carreira no mundo da música. Seria este o momento da morte dos LEG? A resposta é negativa, pois um fervor criativo possuía estes rapazes, que não olhando para trás, decidiu procurar um novo baterista, sendo o feliz escolhido Ricardo D. A banda regressava assim ao estúdio com novo material e um novo formato, quatro elementos. Seguiu-se um período fértil e frutífero, o público clamava apresentações em palco, e tal sucedeu, mais uma vez envolvido num ambiente de culto. O primeiro ocorreu em Linda-a-Velha, local onde se encontra o Crossover estúdio que acolheu a banda, na famosa Academia, o segundo na terra do parque infantil, essa mesmo, Sobral de Monte Agraço numa praça assemelhada a uma praça de toiros. Estrondoso, fantásticos, indescritíveis estas actuações, são momentos que não se repetem e deixam saudades. Posteriormente, e devido ao cansaço provocado pela estrada, houve um recolhimento acompanhado com a excelente notícia do regresso do filho pródigo, era ele Isidro caldense estava de volta a Lisboa e pronto para reingressar nos LEG. Remetidos ao estúdio, por opção própria, o trabalho intensificou-se e após longos meses de árduo trabalho surgiu o tão aguardado EP constituído por duas canções reveladoras de um gosto eclético e de uma riqueza criativa inigualável. Duas belas canções “Empty” e “We seem like nature” produzidas por Sarrufo, Bravo e os próprios LEG. Felizes os que possuem no seu espólio musical esta relíquia, esta obra prima, pois é uma peça de arte que se encontra “sold out all over the world”. O desgaste e novas partidas, levaram uma vez mais à interrupção da carreira construída de suor e lágrimas destes rapazes de futuro promissor. O regresso é há muito aguardado e eles prometem que talvez um dia… Enquanto isso, deixo-vos com um testemunho das magníficas actuações ao vivo deste fenómeno musical, o tema intitula-se “Strength to change” e foi captado na Academia de Linda-a-Velha num magnífico espectáculo de luz e cor.
Sras. e Srs. tenho a honra de vos apresentar, A Banda.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
light emitting grief - Live Strength to change
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Vcs sao uns bebados !!! Aqui o je á procura de pratos para a bateria e vcs a buberem !!! Isto no primeiro, pq no segundo... a tratar de uma bezanas a vomitar-se toda, enquanto vcs bubiam !!! lol
Saudades desses tempos :)
Ricardo, és lindo!
Bela viagem ao passado!
Deu pra me rir um bocado. Os leg ficarão pra sempre imortalizados pelas tuas belas palavras.
Bons tempos... Granda som!!
bebedos?? BEBEDOS?? tu k xegavas aos ensaios ja com umas 10 bejecas em cima vens-nos xamar bebedos?!?! aiiiiiiiii......
e aqui estamos nos, 3 anos depois a relembrar o que foi e sempre sera a banda mais promissora de rock nacional ahahaha
um abraço para todos..fazem-me muita falta esses tempos :.)
Este texto deixou-me como o Rei Bonga, com a lágrima no canto do olho e como o Rei Eusébio, coxo nas palavras... Que forma linda de relembrar os tempos de mocidade. LEG volta estás perdoado!!
Eu logo vi que tu eras artista!!! :)
Beijos, chuchu!
Muito bom, nem sabia que o Tintin cantava tão bem! Espetacular!
Enviar um comentário